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Fux destaca memória da juíza Patrícia Acioli durante premiação de defensores dos direitos humanos
Assassinada há nove anos, a magistrada foi lembrada pelo ministro Fux pela coragem e determinação no fortalecimento dos direitos humanos e da cidadania

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, destacou, nesta segunda-feira (9), a memória da juíza Patrícia Acioli na entrega de prêmio que leva seu nome, organizado pela Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (Amaerj). A magistrada foi assassinada em 2011 ao sair do expediente na 4ª Vara Criminal de São Gonçalo (RJ).
“São altos e raros os predicados que o povo espera de suas juízas e de seus juízes: nobreza de caráter, elevação moral, imparcialidade olímpica, tudo envolto em uma formação cultural e acadêmica sólida”, apontou Fux ao lembrar que Patrícia, que foi sua aluna na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), além de preencher todos esses requisitos, ainda demonstrou coragem e determinação no combate à violência, ao crime organizado, ao tráfico de drogas e à corrupção.
“Patrícia Acioli simboliza o bem, a dignidade humana, a cidadania, o Estado Democrático de Direito e estará sempre conosco”, disse o presidente da Amaerj, Felipe Gonçalves, que enalteceu a importância da premiação e informou que, desde 2012, já laureou 77 defensores da dignidade humana, de diversas áreas dedicadas à causa maior, ou seja, à defesa intransigente dos direitos humanos.
Nesta 9ª edição – realizada de forma online em função das medidas de distanciamento para enfretamento da pandemia –, a associação entregou o Troféu Hors Concours à cientista brasileira Jaqueline Goes de Jesus por coordenar a equipe responsável pelo sequenciamento do genoma da Covid-19.
A presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Renata Gil, ressaltou o valor do prêmio e se disse honrada por dividir o momento com a homenageada desta edição. “Hoje é um dia de muita alegria porque a gente premia uma mulher, negra e cientista em um país em que até muito pouco tempo atrás proibia a mulher de estudar”, afirmou durante a solenidade, que contou com a presença de representantes da OAB e da Defensoria Pública do Rio de Janeiro, entre outras autoridades.
Direitos Humanos
Criado em 2012, o Prêmio Amaerj Patrícia Acioli de Direitos Humanos tem o objetivo de identificar, disseminar, estimular e homenagear as ações em defesa dos direitos humanos, dando visibilidade a práticas em quatro categorias: trabalhos dos magistrados, reportagens jornalísticas, trabalhos acadêmicos e práticas humanísticas.
Assessoria de Comunicação da Presidência